Este artigo localiza os debates contemporâneos sobre governança e accountability de serviços públicos de televisão e radiodifusão no contexto dos debates no Reino Unido sobre a renovação do Canal BBC. Parte-se da noção sugerida por Warnock (1974) de accountability como o fornecimento de informação e a habilidade de exercer sanções e das distinções propostas por Hirschman (1970) e Thompson (2003) entre saída, voz e lealdade e formas de governança hierárquica, de mercado e de rede. Como accountability pode ser exercida em contextos definidos por Hirschman e Thompson e qual é o papel da confiança (O’Neill, 2002)? Em oposição ao modelo “forte” da concepção normativa de consumidor (Peacock 1986, Potter 1988, Sargant 1992 e 1993) como um usuário capaz de fazer com que instituições se mantenham responsivas em um mercado em bom uncionamento, em serviços de radiodifusão o cidadão é concebido (de acordo com Marshall 1981) meramente como um objeto “fraco” da distribuição de bem-estar ao invés de um agente ativo capaz de manter os difusores responsivos. Em conseqüência, as propostas do governo britânico para um novo modelo de governança da BBC talvez sejam consideradas inadequadas para atender demandas contemporâneas para melhorar a accountability de serviços públicos.
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